Sabe aquele momento em
que tudo o que você mais queria era passar dias no interior, deitar na rede ou
simplesmente esticar o corpo em uma cadeira e ficar olhando a vida passar na
rua? Sabe aquele momento em que você deseja não ter que pensar? Deseja que
simplesmente o tempo pare, que nenhuma flor murche, que não seja preciso
decidir, escolher, repartir-se, zangar-se, chorar, se frustrar e magoar?
Desejaria que quando viesse a vontade de gritar, não sentisse que tem uma
mordaça na boca a lhe impedir, uma pedra que impede a passagem, um alguém que
não acredita em você, um pedaço de papel que dizem ter valor e que você não
possue...? Você já sentiu??? Já sentiu alguma coisa?...
Hoje estou assim... Meio
quebrada.
O blog, uma das poucas
coisas que tenho no momento, uma das poucas coisas que me servem de apoio aos
meus traumas, às minhas insatisfações, à minha frustração em não praticar o
jornalismo (a minha única certeza na vida), está desaparecendo, escorrendo
pelas minhas mãos, sem que a minha meta com o projeto se cumpra. O motivo?
Dinheiro!
Pois é. A vida é feita
de escolhas meus caros e a minha, nesse momento, é manter a minha família unida
ou meu ego inflado. Vou escolher a família. Resolvi manter o blog somente até o
dia 20, quando ele completa 50 dias no ar. Uma vida curta: apenas 10% de sua
expectativa. Mas ao menos terei a certeza de ter vivido a meia centena mais
feliz desses meus 24 anos.
Odeio sentir que, mais
uma vez, parei no meio algo que me propus a fazer, mas sei que é por uma boa
causa.
Resolvi contar hoje, já
adiantando o fato, para que vocês entendam meu lado. O lado bom é o mesmo que
estava me causando tristeza há alguns dias: não são muitos os que visitam este
blog. Ao menos essa decisão não afetará muitos. Então, as 23h59m do dia 20 irei
parar o cronômetro do blog. Uma pausa, já que eu torço para conseguir voltar a
praticar a arte da culinária e voltar a atualizar este blog.
Escolhi para hoje, em
clima de despedida, a receita de bolo de fubá que minha mãe costuma fazer pra
gente aqui em casa. Nunca tinha a feito antes, nem sequer sabia como minha mãe
fazia, mas pedi orientações e trouxe para vocês.
Como minha mãe já tem
bastante prática em fazer bolos, ela não segue mais receitas na hora de
cozinhar, mas fomos anotando tudo para que eu contasse pra vocês. Anotem aí os
ingredientes:
- 4 ovos
- 2 xícaras de farinha
de milho
- 1 xícara de leite
- 1 colher de manteiga
ou margarina
- 1 xícara de farinha
de trigo
- 1 xícara de açúcar
- 1 colher de fermento
químico
- 1 pitada de sal
- ½ xícara de queijo
minas meia cura ralado
- 200g de goiabada
cortada em cubos de 1 cm
Seguindo as orientações
da minha mãe, bati as claras em neve em uma tigela. Reservei. Em outra tigela
bati as gemas, acrescentei o açúcar, a manteiga e a pitada de sal. Misturei bem
e juntei o leite, a farinha de milho e meia xícara de queijo minas meia cura
ralado. Peneire então a farinha de trigo com o fermento, mexa bem. Acrescente,
mexendo delicadamente, as claras em neve.
Unte uma forma redonda
de cerca de 30 cm de diâmetro com manteiga e polvilhe com açúcar. Forre o fundo
com metade da massa, distribua metade dos cubos de goiabada, coloque o restante
da massa, nivele com uma espátula (não faça pressão sobre a massa para não
expulsar o ar) e decore com a outra metade da goiabada.
Leve ao forno
pré-aquecido a 180° C por 40 minutos, ou até que fique dourado e firme. Sirva
morno! O nosso ficou uma delícia. Espero que dê certo com vocês também!
Prato feito. Prato
servido. Bon appétit!
Oi prima....sim eu já senti e ainda sinto isso mtas vezes.Mas....a vida é assim mesmo.....Senti algumas vezes a frustração de não ter prosseguido na profissão,mas no meu caso,optei por não fazer facu....(mas tive e tenho la minhas compensações)mas como eu citei....é a vida.Mas realmente é mto cedo para desistir...mas vc quem sabe....eu tenho o Artes&Afins acho q há 3 anos...pensei mtas vezes excluir e acabei deixando....rs....e ate criei um novo destinado a criança.Espero q volte.Qto a receita...hum...deu água na boca...até mais...bjs
ResponderExcluirNão é bem uma desistência. É mais um tempo prima. Infelizmente o dinheiro ainda tem um poder muito grande sobre a gente! Obrigada por visitar o blog!
Excluirverdade....
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