"Um dia me disseram que
as nuvens eram de algodão" e eu desejei poder saboreá-las e sentir se eram
doces. Isto não foi possível, mas o suflê está aí para matar esta vontade! Macios
e leves como nuvens, extremamente apetitosos e um tanto quanto difíceis de
preparar. O suflê ainda é um mistério para mim. Mas garanto que ainda matarei
essa grande charada!
Toda vez que preparo um
suflê vou do céu ao inferno. Em um instante estou retirando do forno uma beleza
de massa douradinha e inchada e no outro instante estou olhando para algo
extremamente reduzido lá no fundo da travessa. Experiência triste demais que
ainda não sei como vencer. Por favor, se alguém tem o segredo me conte. Estou
me roendo de curiosidade!
Frustrações a parte, o
Suflê de banana é um prato bonito e muito saboroso que, quando servido quente,
pede e muito uma grande bola de sorvete de creme como acompanhante (palavras da
minha mãe). Hoje ficamos na vontade, mas nada que não pode e não deva ser
providenciado para outra ocasião. Fica a dica!
Para o preparo do suflê
(que hoje realizei em tempo recorde – cerca de 40 minutos), eu separei as gemas
e claras dos ovos, reservei as gemas e levei as claras para bater com sal em
ponto de neve. Acho essa parte linda de se ver e terrível de se ouvir. Minha
batedeira é antiga e extremamente barulhenta.
Enquanto as claras
batiam, fui aos cuidados com a banana. Descasquei e piquei e levei ao
processador com um pouco de suco de limão (isso deveria fazer com que a fruta
não ficasse escura, mas não adiantou de nada). As bananas bateram até virar um
purê. Reservei e fui ao preparo do “molho branco”. Fiquem atentos! Para a
receita desse suflê doce, o leite deve ser aquecido com açúcar e baunilha. Misturei
o leite à farinha e deixei cozinhar, sempre misturando com um batedor fouet. Retirei
do fogo.
Agora restava então
bater as gemas, para que a receita não ficasse cheirando a ovos, e misturar
todos os ingredientes: a banana, o molho branco doce, a manteiga e as gemas. Por
fim, mexendo com cuidado para não perder o ar, fui acrescentando as claras em
neve. Indico, nesse processo, o uso de um fouet de silicone.
Como não tenho uma
forma de tamanho adequado para a receita, usei minha forma de suflê e completei
com um refratário pequeno que tenho em casa. Untei ambos com manteiga e
polvilhei com açúcar (esta é uma técnica perfeita também para o preparo de
bolos: substituindo a farinha de trigo por açúcar o bolo soltará facilmente da
forma e ficará mais bonito). Levei o suflê ao forno e retirei após exatos 30
minutos. Como disse anteriormente, ele estava lindo na hora que veio ao mundo,
mas logo foi murchando... Sinto-me muito triste de pensar nisso...
O resultado agradou o
paladar do pessoal aqui em casa. Inclusive o da minha irmã caçula, a
especialista em “degustação” de sobremesas.
Prato feito. Prato
servido. Bon appétit!
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