sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Bolo de chocolate

Um dia começa bem demais quando o primeiro cheiro que se sente na cozinha é o de chocolate derretido. Pena que, em mãos descuidadas e sob os cuidados de mentes relapsas, ele queima!
Como este dia é de comemoração, o terceiro aniversariante desta semana recebe como homenagem uma receita de bolo de chocolate! Assei uma parte em caneca e outra parte da massa foi para uma forma pequena de aro removível (aquela minúscula que usei outro dia para fazer a Apple Pie). A massa da caneca inchou mais do que a da forma. Não sei explicar o motivo, mas já fica registrado para quem gosta de cupcakes.
O 27º dia do blog está sendo representado por uma das receitas mais tradicionais de bolo. A massa de chocolate encanta quase 100% dos apaixonados por doces. Mas, apesar de já tê-la feito centenas de vezes, consegui descobrir muitas novidades hoje. A primeira delas é que essa receita não utiliza o tradicional fermento químico. Ao invés disso, ela usa e abusa das claras em neve.
Para sentir que estava participando mais profundamente do preparo do bolo, resolvi que hoje tentaria bater as claras à mão. Alguns podem não acreditar, mas eu nunca tinha tentado fazer isso antes, em toda a minha vida. Durante boa parte dos meus 24 anos de existência eu ficava pensando como a minha mãe, minha avó e todos os meus antepassados faziam para preparar uma boa clara em ponto de neve. A batedeira me fez esquecer que os músculos dos braços já foram muito úteis ao ser humano. Hoje sinto cada um dos que compõe o meu braço direito, mas ao menos posso dizer com orgulho que, com muita labuta junto ao meu fouet, preparei claras tão firmes e lindas.
Claras em neve prontas e reservadas, era chegada a hora de preparar o restante da massa. Derreti o chocolate meio amargo com leite, acrescentei a ele a manteiga e reservei. Claro que as coisas não foram assim tão simples. Se fossem, não seria eu. Coloquei o chocolate para derreter no microondas, com a potência reduzida, mas me distraí com a partida dos meus tios (eles voltaram para as Minas Gerais). Consequência brilhante: o chocolate começou a queimar. Ao retirá-lo do forno senti como se olhasse para um vulcão em miniatura. Uma pequena parte dele borbulhava e de lá saía uma chaminé de fumaça. Sorte minha que só queimei uma pequena parte do chocolate, ou então teria que sair correndo ao mercado.
Em outra tigela eu bati as gemas e misturei com açúcar mascavo. A receita do Larousse pede açúcar refinado, mas como uma colega de trabalho me deu, há alguns meses, um pedaço magnífico de bolo de chocolate e me disse que o segredo era o açúcar mascavo, resolvi adotá-lo e testar o resultado.
Agreguei o creme de chocolate com manteiga ao ovo com açúcar, fui misturando a farinha peneirada e por fim acrescentei, mexendo delicadamente as claras em neve. Pronto. Já tinha uma massa de textura leve e aparência muito linda. Levei ao forno por 50 minutos (quase esqueci novamente da receita e por pouco não queimei).
Preparei em banho-maria uma receita de cobertura de chocolate indicada pelo livro: chocolate derretido, açúcar de confeiteiro, manteiga e água. Despejei sobre o bolo, deixei gelar e apreciei com gosto após um longo dia de trabalho. O cupcake foi presente de aniversário para o namorado.
O sabor é magnífico. No entanto, por não levar fermento em pó, a massa fica mais pesada do que dos bolos de chocolate tradicionais.

Prato feito. Prato servido. Bon appétit!









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