quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Apple pie

Nem tudo é como a gente deseja, mas uma torta pode ser do jeitinho que sempre aprendemos a sonhar vendo os bons e velhos desenhos da Disney. Estou empolgada ao escrever que agora eu sei fazer a legítima torta de maçã no estilo americano. Posso garantir que ela ficou perfeita e dá água na boca só de pensar naquele aroma e sabor.
Como hoje é meu dia de folga do trabalho, pude me dedicar mais ao preparo da mais nova delícia do blog “500 dias com a panela”. Escolhi esta torta, pois me lembro que, quando criança, sempre assistia na TV um episódio de desenho da turma do Mickey em que uma das personagens femininas fazia uma torta e colocava na janela para esfriar. Outra personagem, dessa vez masculina, passava a tarde tentando capturar aquela maravilhosa torta, se estrepava todo e por fim acabava ganhando um pedaço dela... Simplesmente este desenho ficou marcado na minha memória (com exceção dos personagens). Ao ler Apple Pie no meu Larousse, eu soube que precisava fazer aquela receita.
Esta manhã precisei levar meu pai ao hospital (ele precisava fazer alguns exames), então acordei bem cedo para poder preparar a receita da Massa Podre. Ela precisa descansar por uma hora, na geladeira, antes de ser usada. Então misturei os ingredientes da massa na minha mesa de pedra. Basta agregar rapidamente – ênfase para o rapidamente – o trigo, o ovo batido, sal, água fria e muita manteiga. Então fiz dela uma bola, embrulhei em papel alumínio e reservei.
Demorei um pouco no hospital, então ao chegar em casa estava morrendo de fome. Almoçamos as sobras da semana (itens deliciosos do blog) e eu parti para o processamento da massa podre. Separei 1/3 para fazer a tampa e o restante eu abri para fazer o fundo e as bordas da torta. Descobri nessa hora que a quantidade de massa não daria para a minha forma média, então precisei usar uma de apenas 15 cm de diâmetro. “No que isso interfere?”, alguns podem perguntar... Interfere na quantidade de torta que eu vou comer ao final minha gente!
Passada a fase de lamentações, cortei as maças em lâminas finas e reguei com suco de limão, preparei a farofa doce que acompanha a fruta (açúcar mascavo, farinha de trigo, baunilha e noz-moscada) e dispus tudo dentro da massa que, por sua vez, já estava devidamente arrumada na minha mini forma de aro removível. Bastou então fechar com o restante da massa podre, fazer um pequeno furo no centro, encaixar a chaminé – rolinho de papel manteiga que serve para expulsar o vapor -, pincelar com metade do ovo batido e levar ao forno pré-aquecido a 200ºC.
Após 10 minutos no forno eu retirei a torta e pincelei com o restante do ovo, como orienta o livro. Mais 40 minutos de forno e lá estava a torta mais linda que já vi. Sei que vivo repetindo isso, mas simplesmente não estou acostumada a ver comidas tão lindas e saborosas.
Enquanto levava meu cachorrinho no veterinário – mais um dever de dia de folga; não é algo que me chateia, já que o Dirac, que tem apenas 4 meses, é meu bebê mais lindo – a torta esfriou um pouco. Na volta pra casa cortei-a em oito suculentos pedaços e acompanhei cada um com uma bola de sorvete de creme – este foi comprado mesmo... não sei fazer sorvete!
Todos por aqui aprovaram. Recebi a visita da minha irmã mais velha e do meu cunhado, então a torta serviu bem seis pessoas e ainda sobrou um pouco para eu devorar mais tarde. Hummmm!

Prato feito. Prato servido. Bon appétit!









3 comentários:

  1. Estava muito gostosa mesmo, por isso entendo sua decepção com a quantidade de massa,mas o importante foi que todos os presentes puderam apreciar a gostosura. Interessante a ideia da chaminé, gostei!

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