Alguns dizem que os
propósitos divinos nem sempre são compreendidos pela gente e isso causa certa
frustração. Hoje eu descobri que não passei por uma das últimas fases de
seleção de mestrado da Unicamp e isso me deixou muito além de frustrada. Resolvi
então recorrer a uma das poucas coisas que tem o dom de descarregar toda a
tensão da minha alma: cozinhar!
A abóbora japonesa (também
conhecida por cabotiã) é o meu tipo de abóbora favorito. Com uma textura mais encorpada
que suas irmãs, a cabotiã é perfeita para fazer cremes e purês, por exemplo.
Utilizei meia abóbora
para o preparo de uma receita para quatro pessoas. Descasquei-a – são horríveis
nesse quesito; a casca é tão dura que é preciso forçar a faca para rompê-la,
então quase cortei os dedos - e cortei-a em cubos e cozinhei em água com sal. Ela
cozinha bem rapidinho, mas foi tempo o suficiente para que eu me arriscasse na
invenção de uma receita de sobremesa que postarei amanhã para vocês.
Voltando ao preparo da abóbora,
eu as escorri e amassei com meu amassador de batata (que vem me salvando
constantemente na cozinha, mostrando ser bem versátil). Reservei.
Parti para a
higienização de um maço de cebolinhas. Piquei bem fininho e separei metade em
uma vasilha, misturando manteiga para dar liga. Usei essa mistura para cobrir
as laterais e os fundos de 4 forminhas individuais de porcelana. Dispus sobre
elas a abóbora, já alisando com uma espátula pão-duro (uma maravilha de silicone
que é perfeita para raspar vasilhas e também para alisar coberturas). Polvilhei
pimenta moída.
A receita do Larousse
pede o uso de queijo gouda, mas como ele é bem caro e eu já tinha comprado o
queijo gruyère na semana passada, usei parte da sobra nesta receita. Os dois
queijos são bem fortes, então imaginei que não ficaria ruim. Acertei em cheio! O cortei em cubinhos e enfiei no purê de abóbora. Salpiquei o restante da cebolinha
picada, reguei com azeite e levei ao forno para gratinar.
Queimei o dedo!
Por fim, acho que um adjetivo
basta: sensacional! Comi tudo em um fôlego só.
Após a refeição recebi
uma ligação, chorei litros e sorri toda feliz. Sim. Em certos casos isso é
possível!
Prato feito. Prato servido. Bon appétit!
Cada dia melhor a ideia de trocar os queijos foi ótima delicia de prato
ResponderExcluir